O Programa Mais Educação da EMEF. Clarêncio Crisóstomo
de Freitas estará realizando nos dias 16, 17, 18, 19 e 20 de Abril, a SEMANA DO ÍNDIO – REVENDO A NOSSA
HISTÓRIA. A culminância da referida Semana acontecerá na Aldeia Indígena
Jenipapo Kanindé, na Lagoa Encantada em Aquiraz. Hoje à tarde, Ricardo Costa
(Coordenador do Programa Mais Educação) e Elizeu Almeida da Silva (Secretário
Escolar) visitaram a Aldeia para acordar com a Sra. Maria de Lourdes, conhecida
como Cacique Pequena a consolidação da Semana.
Confira imagens dessa visita.
Confira imagens dessa visita.
Conheça
um pouco da História do Povo Jenipapo Kanindé
LOCALIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO
Município: Aquiraz.
Comunidade: Lagoa Encantada.
População estimada: 290 pessoas.
Famílias: 80.
Situação da Terra Indígena (TI): TI
delimitada e identificada, aguardando resposta às contestações.
"A etnia
Jenipapo-Kanindé está entre as que primeiro levantou a bandeira étnica no Ceará,
ainda na década de 80, junto aos Tapeba, Pitaguary e Tremembé. Conhecidos há
décadas pela população circundante como 'os cabeludos da Encantada', o que
demonstra a percepção da 'diferença' pela sociedade envolvente, vivem na
Terra Indígena Lagoa da Encantada, no município de Aquiraz — espaço sagrado de
onde tiram seus mitos, cosmologia, história e a própria sobrevivência.
"De acordo com relatos orais, seus antepassados viviam em várias
comunidades do Município de Aquiraz, como a Lagoa do Tapuio, o Córrego de
Galinhas e o Córrego de Bacias, entre outras. Os mais antigos da comunidade
localizam no século XIX a chegada de seus ancestrais à Lagoa, sendo a chamada
'Seca dos três Oitos' ou dos 'Três Oitavos' lembrada como data de referência na
memória da comunidade.
"Desde 1995 a Cacique Pequena, como é mais conhecida a senhora Maria de
Lourdes da Conceição Alves, lidera a etnia na luta pelo cumprimento dos
direitos indígenas, pela demarcação de suas terras e em defesa da Lagoa da
Encantada, constantemente ameaçada pela especulação e pela poluição.
"Os Jenipapo-Kanindé mantêm um ritmo de trabalho próprio. Plantam mandioca
o ano todo e seguem um calendário da colheita de frutos e legumes por épocas do
ano: milho, feijão, batata-doce, castanha de caju e outros itens.
"De cultura intimamente ligada à pesca, realizam esta atividade
preferencialmente à noite, praticamente o ano todo, havendo várias formas de
praticá-la, tanto com as mãos como com armadilhas que os próprios índios
confeccionam, como a caçoeira, o jequi e a tarrafa.
"Trabalham o artesanato com cipó, e as mulheres da etnia tecem rendas e
fazem louças de barro. A partir de setembro inicia-se a safra do caju, que tem
especial significado na comunidade, pois que dele fazem doces e sucos, além do
mocororó, bebida usada em festividades e durante a realização do ritual do
Toré.
"Atualmente estão no Conselho Indígena Jenipapo-Kanindé, instância
deliberativa para questões internas e na AMIJK-Associação das Mulheres
Indígenas Jenipapo-Kanindé. Entre os seus lugares sagrados, estão a Barreira, o
Morro do Urubu, o Riacho da Encantada e a própria Lagoa.
"Os Jenipapo-Kanindé desenvolveram um modo de vida próprio e estão em
íntima interação com o lugar onde vivem — que é de singela beleza —, entre as
dunas, a mata e a sagrada Lagoa da Encantada."
(da página web do
Centro de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos da Arquidiocese de Fortaleza)
(edição: Marco
Krichanã)
A Pequena Grande (Cacique da Tribo
Jenipapo-Kanindé) - Maria de Lourdes da Conceição Alves, 56 anos, foi escolhida para liderar a tribo dos
Jenipapo-Kanidé, em 1995. A tribo que ficara sem cacique, com a morte do
anterior e quase foi dizimada, entregou seu destino à Pequena como ela é mais
conhecida. Pequena conta que com muita luta conseguiu reduzir o isolamento da
tribo em relação a sociedade e a os próprios integrantes de outros povos
indígenas. A tribo produz artesanato, como bordados em toalhas de mesa,
colares.
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