terça-feira, 10 de abril de 2012

SEMANA DO ÍNDIO – REVENDO A NOSSA HISTÓRIA


             O Programa Mais Educação da EMEF. Clarêncio Crisóstomo de Freitas estará realizando nos dias 16, 17, 18, 19 e 20 de Abril, a SEMANA DO ÍNDIO – REVENDO A NOSSA HISTÓRIA. A culminância da referida Semana acontecerá na Aldeia Indígena Jenipapo Kanindé, na Lagoa Encantada em Aquiraz. Hoje à tarde, Ricardo Costa (Coordenador do Programa Mais Educação) e Elizeu Almeida da Silva (Secretário Escolar) visitaram a Aldeia para acordar com a Sra. Maria de Lourdes, conhecida como Cacique Pequena a consolidação da Semana. 


Confira imagens dessa visita.

























Conheça um pouco da História do Povo Jenipapo Kanindé

LOCALIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO

Município: Aquiraz.

Comunidade: Lagoa Encantada.

População estimada: 290 pessoas.

Famílias: 80.

Situação da Terra Indígena (TI): TI delimitada e identificada, aguardando resposta às contestações.



"A etnia Jenipapo-Kanindé está entre as que primeiro levantou a bandeira étnica no Ceará, ainda na década de 80, junto aos Tapeba, Pitaguary e Tremembé. Conhecidos há décadas pela população circundante como 'os cabeludos da Encantada', o que demonstra a percepção da 'diferença' pela sociedade envolvente, vivem na Terra Indígena Lagoa da Encantada, no município de Aquiraz — espaço sagrado de onde tiram seus mitos, cosmologia, história e a própria sobrevivência. 


"De acordo com relatos orais, seus antepassados viviam em várias comunidades do Município de Aquiraz, como a Lagoa do Tapuio, o Córrego de Galinhas e o Córrego de Bacias, entre outras. Os mais antigos da comunidade localizam no século XIX a chegada de seus ancestrais à Lagoa, sendo a chamada 'Seca dos três Oitos' ou dos 'Três Oitavos' lembrada como data de referência na memória da comunidade. 



"Desde 1995 a Cacique Pequena, como é mais conhecida a senhora Maria de Lourdes da Conceição Alves, lidera a etnia na luta pelo cumprimento dos direitos indígenas, pela demarcação de suas terras e em defesa da Lagoa da Encantada, constantemente ameaçada pela especulação e pela poluição. 



"Os Jenipapo-Kanindé mantêm um ritmo de trabalho próprio. Plantam mandioca o ano todo e seguem um calendário da colheita de frutos e legumes por épocas do ano: milho, feijão, batata-doce, castanha de caju e outros itens. 



"De cultura intimamente ligada à pesca, realizam esta atividade preferencialmente à noite, praticamente o ano todo, havendo várias formas de praticá-la, tanto com as mãos como com armadilhas que os próprios índios confeccionam, como a caçoeira, o jequi e a tarrafa. 



"Trabalham o artesanato com cipó, e as mulheres da etnia tecem rendas e fazem louças de barro. A partir de setembro inicia-se a safra do caju, que tem especial significado na comunidade, pois que dele fazem doces e sucos, além do mocororó, bebida usada em festividades e durante a realização do ritual do Toré. 



"Atualmente estão no Conselho Indígena Jenipapo-Kanindé, instância deliberativa para questões internas e na AMIJK-Associação das Mulheres Indígenas Jenipapo-Kanindé. Entre os seus lugares sagrados, estão a Barreira, o Morro do Urubu, o Riacho da Encantada e a própria Lagoa. 



"Os Jenipapo-Kanindé desenvolveram um modo de vida próprio e estão em íntima interação com o lugar onde vivem — que é de singela beleza —, entre as dunas, a mata e a sagrada Lagoa da Encantada."


(da página web do Centro de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos da Arquidiocese de Fortaleza)

(edição: Marco Krichanã)https://blogger.googleusercontent.com/tracker/4039541625265285043-7475236938812681511?l=funaiceara.blogspot.com




A Pequena Grande (Cacique da Tribo Jenipapo-Kanindé) - Maria de Lourdes da Conceição Alves, 56 anos, foi escolhida para liderar a tribo dos Jenipapo-Kanidé, em 1995. A tribo que ficara sem cacique, com a morte do anterior e quase foi dizimada, entregou seu destino à Pequena como ela é mais conhecida. Pequena conta que com muita luta conseguiu reduzir o isolamento da tribo em relação a sociedade e a os próprios integrantes de outros povos indígenas. A tribo produz artesanato, como bordados em toalhas de mesa, colares.



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